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quarta-feira, 27 de novembro de 2013

SESC Pompéia_________Mais de mil brinquedos (27/11/2013)



Na expedição realizada nesta quarta-feira no SESC Pompéia viemos resgatar um universo de brinquedos usados pelas crianças ao longo de décadas que agora estão no esquecimento e aos poucos foram deixados para trás pela obsolescência ou mesmo pela entrada de engenhocas eletrônicas em seu lugar.



Verdade nesta vida tudo muda, porém o gostinho de criar seu próprio divertimento é algo pessoal e como tal relembrar o que ficou para trás em geral trás um grau de satisfação muito grande regado por lembranças interiores pelo que se foi (nossas pequenas vitórias), pois à época eram participantes ativos das brincadeiras e não meros observadores de elétricos “brincando sozinhos”




Foi muito bom lembrar desses antigos brinquedos, vários de coleção particular que um dia nos deixaram maravilhados. Espero que as crianças de hoje saibam o quanto é doce construir por si mesmo o que em primeiro lugar será nosso mundo e mais tarde, ambiente de trabalho e quem sabe um dia, família.

Abraço a todos

Manoel

ps-próxima expedição sera as 13:30 e não 14:00 na Bienal



quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Casa Modernista_______13/11/2013


A Casa Modernista da Rua Santa Cruz, de autoria do arquiteto de origem russa Gregori Warchavchik (1896–1972), projetada em 1927 e construída em 1928, é considerada a primeira obra de arquitetura moderna implantada no Brasil. Neste período, São Paulo passava por um intenso processo de industrialização e urbanização, com a formação de uma burguesia sintonizada com os costumes da belle époque parisiense e a intensificação de imigração para fornecimento de mão-de-obra fabril, refletidas na criação de bairros inteiramente novos.


 No campo cultural, a cidade testemunhava manifestações artísticas de ruptura e diálogo com a tradição nas áreas da literatura, das artes plásticas e da música, sendo a Semana de Arte Moderna de 1922 o evento mais emblemático do movimento moderno que buscava se construir. Tal efervescência cultural, no entanto, não encontrava correspondência na área da arquitetura, sendo que somente em 1925 seria publicado o primeiro manifesto voltado à proposição de uma nova postura moderna, “Acerca da Arquitetura Moderna”, de autoria de Gregori Warchavchik. 


O primeiro exemplar arquitetônico só viria três anos mais tarde, com a construção da casa da Rua Santa Cruz.Projetada para abrigar a residência do arquiteto, recém-casado com Mina Klabin, filha de um grande industrial da elite paulistana, a casa gerou forte impacto nos círculos intelectuais e na opinião pública em geral, com a publicação de artigos em jornais dos mais diversos espectros políticos, favoráveis ou contrários à nova orientação estética proposta. Destituída de qualquer ornamentação e formada por volumes prismáticos brancos, a obra era tão impactante para a época que, para conseguir obter aprovação junto à prefeitura, o arquiteto apresentou uma fachada toda ornamentada, e quando concluiu a obra, alegou falta de recursos para completá-la. Além da edificação, mereceu destaque o jardim, projetado por Mina Klabin, devido ao uso pioneiro de espécies tropicais. Warchavchik, em carta destinada ao secretário do CIAM (Congresso Internacional de Arquitetura Moderna), Siegfried Giedion, relatava as inúmeras dificuldades que teve que enfrentar durante a construção – desde a aprovação já mencionada à dificuldade de encontrar componentes industrializados, como ferragens, maçanetas, placas, tintas, etc., o alto preço de materiais como cimento e vidro e a formação técnica da mão de obra. No entanto, alguns historiadores apontam contradições presentes na obra, não aceitando totalmente a justificativa dada pelo arquiteto.

Em primeiro lugar, a fachada frontal obedece a um eixo de simetria que não é rebatida em planta nas dependências internas. Em segundo lugar, a casa, que aparentava ter uma geometria própria para a racionalização da construção, era na realidade toda construída segundo técnicas tradicionais. A platibanda esconde um telhado em quatro águas de telha colonial, causando a impressão de se tratar de uma cobertura em laje. No entanto, o que interessa desse debate, é notar que se trata de uma obra pioneira, de transição, que necessariamente expressa as contradições da época.

Sobre o aspecto construtivo, lembremos que as Villas ideais de Le Corbusier, produzidas à mesma época na França, apresentam contradições similares e nem por isso são questionadas quanto a sua importância para o processo de renovação iniciado por este arquiteto. Em 1935 a casa passa por uma reforma, quando o arquiteto procura adequá-la para a família que crescia, ao mesmo tempo em que experimentava alterações na lógica da circulação e na composição dos volumes. O acesso principal passa a se realizar pela lateral, onde foi acrescida uma marquise; a cozinha é ampliada e a varanda lateral é suprimida, dando lugar a uma ampliação da sala de estar que ainda ganha um novo volume curvo, cuja laje dá lugar a um novo terraço que circunda o quarto da esposa; além do novo terraço, o piso superior ganha algumas modificações, como a inserção de um novo sanitário servindo o quarto do marido e de um closet, entre o quarto da esposa e o quarto do filho, anteriormente, quarto de costura.


Durante a segunda guerra mundial, o jardim passa por uma ampliação, na qual Mina Klabin planta um bosque de eucaliptos rente ao muro de divisa frontal, para que a família se resguardasse do hospital nipo-brasileiro que estava em construção em frente à casa – judeus e japoneses estavam em lados opostos na guerra. Neste período, a garagem também é ampliada para receber uma oficina de gasogênio (combustível substituto da gasolina durante a guerra). Nos anos seguintes, pequenas alterações ocorrem, conforme mudavam as necessidades da família, mas de modo geral, o conjunto manteve-se com as mesmas feições até os dias de hoje. A família reside ali até meados dos anos 70, quando decide vender a propriedade. Em 1983 entra em cena uma construtora com o projeto de implantar na área um condomínio residencial, denominado “Palais Versailles”, combatido imediatamente pela população local, que cria a “Associação Pró-Parque Modernista”, se mobilizando pela defesa da casa e de sua área verde.


Em 1984, o Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo) tomba o conjunto, através da Resolução SC 29/84; seguido pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), processo 1121-T-84; e, posteriormente, pelo Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo), Resolução 05/91. Com isso, o empreendimento se inviabiliza, e os proprietários entram na justiça contra o Estado. Durante o transcurso do processo judicial, o imóvel permanece abandonado, sem que o proprietário fosse obrigado a responder pela manutenção, resultando daí um rápido processo de deterioração.

Em 1994, é dada a sentença, na qual o Estado é obrigado a indenizar o proprietário e a comprar o imóvel – situação que não reverteu o processo de deterioração, devido à falta de política de ocupação e conservação do imóvel, sendo este objeto de furtos e invasões freqüentes. Somente nos anos 2000 são realizados projetos e obras para a recuperação do imóvel, divididas em uma primeira etapa entre 2000 e 2002 e, posteriormente, entre 2004 e 2007. Com orçamento reduzido, no entanto, somente a casa principal foi objeto de restauro e conservação, faltando ainda a recuperação da edícula e da área do parque. Em março de 2008, a prefeitura do município de São Paulo passa a ser permissionária do imóvel, tendo o governo do Estado transferido a ela a responsabilidade pelo seu uso e manutenção.


Trabalhos emergenciais foram realizados para a reabertura do parque e da casa em agosto de 2008, contando com programação musical e equipe de educadores patrimoniais, sob coordenação da Divisão do Museu da Cidade de São Paulo. Em dezembro de 2011 foi contratado projeto executivo para o restauro e adequação da casa e edículas, contemplando a valorização dos bens existentes, a implantação de espaços de convivência no parque, adequação à acessibilidade e criação de um espaço de referência para o estudo do modernismo em São Paulo, buscando diversificar o público visitante. O projeto já foi finalizado e após a contratação e finalização das obras serão implementadas as atividades culturais em consonância com as diretrizes traçadas pelo museu. A casa e o parque permanecem abertos e oferecem serviço educativo aos visitantes.

Ref: http://www.museudacidade.sp.gov.br/casamodernista.php

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Exposição de Sebastião Salgado __30/10___SESC Belém

Um dos maiores fotógrafos do mundo, o mineiro Sebastião Salgado está em cartaz no Sesc Belenzinho a exposição “Genesis”. Com curadoria de sua esposa, Lélia Wanick Salgado, a mostra estreou no Natural History Museum em Londres no mês de abril e também já esteve no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, de maio a agosto.


Com a ajuda de barcos, aviões de pequeno porte e canoas, a série teve início nas Ilhas de Galápagos, com suas singularíssimas paisagens vulcânicas e a fauna, dando origem à seção "Santuários". Pinguins, elefantes marinhos e baleias estão em "Planeta Sul", com fotos feitas na Antártica, Sul da Geórgia, nas Malvinas e nas Ilhas Sandwich.


Em "Terras do Norte" são retratados o Alasca e as montanhas rochosas do Colorado, nos Estados Unidos. O norte da Sibéria e o norte da Rússia também aparecem. "África" apresenta os espetaculares e numerosos desertos. Em algumas imagens capturadas na Líbia e na Argélia, vêem-se sinais de vida, não somente de cactos e roedores, mas também na arte rupestre datada de milhares de anos.

Em "Amazonia e Pantanal", além de florestas e rios, apresenta imagens de tribos no alto Rio Xingu e da isolada tribo Zo'e, contatada pela primeira vez há apenas duas décadas e onde Sebastião Salgado afirmou que se sentiu no paraíso.


Ao todo, são 245 fotografias, tiradas entre 2004 e 2011, divididas em cinco seções geográficas. A mostra, que é inédita, revela paisagens, aldeias, tribos, desertos, animais, entre outros, que permaneceram intactos à ação humana. 


O objetivo da exposição é alertar para os problemas ambientais, justamente mostrando o que ainda há de belo e preservado. Sebastião Salgado critica a degradação do meio ambiente de forma sutil, levando o observador a perceber que ainda há o que ser salvo no planeta. 


Ref: Comentários, posts e fotos internet