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sábado, 28 de dezembro de 2013

Próxima visita 08/janeiro 15:00h CCBB

Pessoal, não percam!!!!

dia 08 de janeiro - 15 hs - Expedições Culturais

Visita ao Centro Cultural banco do Brasil - CCBB

tema: visita monitorada com enfoque no patrimônio histórico + participação da programação "Em Cantos e Contos" - histórias da nossa gente: através de histórias da nossa gente, do nosso chão e de nossos bichos, os educadores do CCBB convidam o público a habitar outros tempos e paisagens. Ponto de encontro no CCBB às 14:30 hs. 

Bom ano novo a todos!!!!

Até dia 08,

Abraços,

Selma;

CCBB = Rua Álvares Penteado, 112, esquina com a Rua da Quitanda

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

30 × Bienal - Transformações na arte brasileira da 1ª à 30ª edição


De 21 de setembro a 08 de dezembro, a Fundação Bienal de São Paulo sedia 30 × bienal - Transformações na arte brasileira da 1ª à 30ª edição. Com curadoria de Paulo Venancio Filho, a mostra, com uma seleção de 111 artistas e cerca de 250 obras, contempla a representação brasileira nas bienais de São Paulo a partir da primeira, realizada em 1951, até a  última, em 2012.


Segundo Venancio Filho, nestes 30 anos, participaram mais de 5.000 artistas nacionais, sendo a própria Bienal, ao longo de tempo, um dos elementos estruturantes da arte brasileira da segunda metade do século XX. "Portanto não pode ser outro, creio, senão a relação vis a vis entre história da arte brasileira e a trajetória da Bienal o elemento determinante na escolha dos artistas e obras", explica o curador.


Integra também a exposição o rico acervo do Arquivo Histórico Wanda Svevo – por meio de registros expográficos e documentais. “Esta é uma oportunidade de o público entrar em contato com um material raro pertencente à Fundação Bienal, que tem entre suas importantes tarefas a de preservar e dar continuidade a este precioso arquivo”, afirma o presidente Luis Terepins. O Arquivo Bienal é o mais importante acervo documental latinoamericano no que se refere às artes moderna e contemporânea. Criado em 1955, foi tombado pelo Condephaat em 1993, seu acervo reúne 780 metros lineares de documentos como catálogos de arte, livros, revistas, cartazes, registros históricos, dossiês de artistas, vídeos e fotografias. É aberto a estudantes e pesquisadores do Brasil e exterior.

O pensamento curatorial da 30 × bienal se constrói na busca de verificar na atualidade a presença desta tradição histórica da qual a Bienal de São Paulo - a segunda, surgida depois da Bienal de Veneza -, é parte fundamental. "Daí nossa intenção de propor uma orientação não-cronológica, flexível, que possa ultrapassar tempo e espaço, sem, entretanto, deixar de observar a continuidade histórica de seis décadas”, explica Venancio Filho.


Educativo Bienal

Curado por Stela Barbieri, o Educativo Bienal, em razão da mostra 30 × bienal, tem programado ações especiais que remontam também a evolução do processo educativo ao longo das últimas décadas. Entre 24 de abril e 28 de setembro, o Educativo promove um ciclo de nove encontros sobre Arte Contemporânea Brasileira no Lounge Bienal, com a proposta de refletir sobre os conceitos, artistas e obras da exposição. O curso de 30 horas também contará com Ações Poéticas e é destinado a professores e educadores sociais.


Para o mês de junho, está prevista a realização de um Seminário em parceria com o SESC-SP, que propõe a retomada histórica dos serviços educativos das trinta bienais a partir de palestras de renomados educadores, como Paulo Portella Filho e Ivo Mesquita. A programação também conta com o curso para atendimento do visitante durante a exposição, e outros encontros de formação para professores e educadores - apoiados pela produção de um novo material educativo, com tiragem de 5 mil exemplares e distribuição gratuita.


30 × Bienal - Transformações na arte brasileira da 1ª à 30ª edição

Lista de Artistas 30 × bienal visitados

1. Abraham Palatnik
2. Adriana Varejão
3. Alair Gomes
4. Alexandre da Cunha
5. Alexandre Wollner
6. Alfredo Volpi
7. Almir Mavignier
8. Aluísio Carvão
9. Amelia Toledo
10. Amilcar de Castro
11. Anatol Wladyslaw
12. Angelo Venosa
13. Anna Bella Geiger
14. Anna Maria Maiolino
15. Antônio Bandeira
16. Antonio Dias
17. Antonio Manuel
18. Artur Barrio
19. Arthur Piza
20. Beatriz Milhazes
21. Carlito Carvalhosa
22. Carlos Fajardo
23. Carlos Vergara
24. Carlos Zilio
25. Carmela Gross
26. Cildo Meireles
27. Cinthia Marcelle e Tiago Mata Machado
28. Claudia Andujar
29. Claudio Tozzi
30. Daniel Senise
31. Danilo Di Prete
32. Décio Vieira
33. Eduardo Sued
34. Eleonore Koch
35. Ernesto Neto
36. Fábio Miguez
37. Fayga Ostrower
38. Fernanda Gomes
39. Flavio-Shiró
40. Frans Krajcberg
41. Franz Weissmann
42. Geraldo de Barros
43. German Lorca
44. Hélio Oiticica
45. Hércules Barsotti
46. Hermelindo Fiaminghi
47. Iberê Camargo
48. Iole de Freitas
49. Ione Saldanha
50. Iran do Espírito Santo
51. Ivan Serpa
52. Ivens Machado
53. Jac Leirner
54. Jorge Guinle
55. José Damasceno
56. José Leonilson
57. José Resende
58. José Roberto Aguilar
59. Judith Lauand
60. Laura Lima
61. Leda Catunda
62. Lenora de Barros
63. Lívio Abramo
64. Lothar Charoux
65. Lucia Koch
66. Lucia Laguna
67. Luiz Paulo Baravelli
68. Luiz Sacilotto
69. Luiz Zerbini
70. Lygia Clark
71. Lygia Pape
72. Marcello Nitsche
73. Marcelo Grassmann
74. Marcius Galan
75. Maria Leontina
76. Maria Martins
77. Marilá Dardot
78. Mary Vieira
79. Maurício Nogueira Lima
80. Miguel Rio Branco
81. Milton Dacosta
82. Mira Schendel
83. Nelson Leirner
84. Nuno Ramos
85. Paulo Bruscky
86. Paulo Monteiro
87. Paulo Pasta
88. Raymundo Collares
89. Regina Silveira
90. Ricardo Basbaum
91. Rivane Neuenschwander
92. Roberto Magalhães
93. Rodrigo Andrade
94. Rodrigo Braga
95. Rosângela Rennó
96. Rubem Valentim
97. Rubem Ludolf
98. Rubens Gerchman
99. Rubens Mano
100. Sérgio Camargo
101. Sérgio Sister
102. Sé­­­rvulo Esmeraldo
103. Tatiana Blass
104. Tomie Ohtake
105. Tunga
106. Ubi Bava
107. Waldemar Cordeiro
108. Waltercio Caldas
109. Wesley Duke Lee
110. Willys de Castro
111. Yolanda Mohalyi

Ref: http://www.30xbienal.org.br/single/79

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

SESC Pompéia_________Mais de mil brinquedos (27/11/2013)



Na expedição realizada nesta quarta-feira no SESC Pompéia viemos resgatar um universo de brinquedos usados pelas crianças ao longo de décadas que agora estão no esquecimento e aos poucos foram deixados para trás pela obsolescência ou mesmo pela entrada de engenhocas eletrônicas em seu lugar.



Verdade nesta vida tudo muda, porém o gostinho de criar seu próprio divertimento é algo pessoal e como tal relembrar o que ficou para trás em geral trás um grau de satisfação muito grande regado por lembranças interiores pelo que se foi (nossas pequenas vitórias), pois à época eram participantes ativos das brincadeiras e não meros observadores de elétricos “brincando sozinhos”




Foi muito bom lembrar desses antigos brinquedos, vários de coleção particular que um dia nos deixaram maravilhados. Espero que as crianças de hoje saibam o quanto é doce construir por si mesmo o que em primeiro lugar será nosso mundo e mais tarde, ambiente de trabalho e quem sabe um dia, família.

Abraço a todos

Manoel

ps-próxima expedição sera as 13:30 e não 14:00 na Bienal



quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Casa Modernista_______13/11/2013


A Casa Modernista da Rua Santa Cruz, de autoria do arquiteto de origem russa Gregori Warchavchik (1896–1972), projetada em 1927 e construída em 1928, é considerada a primeira obra de arquitetura moderna implantada no Brasil. Neste período, São Paulo passava por um intenso processo de industrialização e urbanização, com a formação de uma burguesia sintonizada com os costumes da belle époque parisiense e a intensificação de imigração para fornecimento de mão-de-obra fabril, refletidas na criação de bairros inteiramente novos.


 No campo cultural, a cidade testemunhava manifestações artísticas de ruptura e diálogo com a tradição nas áreas da literatura, das artes plásticas e da música, sendo a Semana de Arte Moderna de 1922 o evento mais emblemático do movimento moderno que buscava se construir. Tal efervescência cultural, no entanto, não encontrava correspondência na área da arquitetura, sendo que somente em 1925 seria publicado o primeiro manifesto voltado à proposição de uma nova postura moderna, “Acerca da Arquitetura Moderna”, de autoria de Gregori Warchavchik. 


O primeiro exemplar arquitetônico só viria três anos mais tarde, com a construção da casa da Rua Santa Cruz.Projetada para abrigar a residência do arquiteto, recém-casado com Mina Klabin, filha de um grande industrial da elite paulistana, a casa gerou forte impacto nos círculos intelectuais e na opinião pública em geral, com a publicação de artigos em jornais dos mais diversos espectros políticos, favoráveis ou contrários à nova orientação estética proposta. Destituída de qualquer ornamentação e formada por volumes prismáticos brancos, a obra era tão impactante para a época que, para conseguir obter aprovação junto à prefeitura, o arquiteto apresentou uma fachada toda ornamentada, e quando concluiu a obra, alegou falta de recursos para completá-la. Além da edificação, mereceu destaque o jardim, projetado por Mina Klabin, devido ao uso pioneiro de espécies tropicais. Warchavchik, em carta destinada ao secretário do CIAM (Congresso Internacional de Arquitetura Moderna), Siegfried Giedion, relatava as inúmeras dificuldades que teve que enfrentar durante a construção – desde a aprovação já mencionada à dificuldade de encontrar componentes industrializados, como ferragens, maçanetas, placas, tintas, etc., o alto preço de materiais como cimento e vidro e a formação técnica da mão de obra. No entanto, alguns historiadores apontam contradições presentes na obra, não aceitando totalmente a justificativa dada pelo arquiteto.

Em primeiro lugar, a fachada frontal obedece a um eixo de simetria que não é rebatida em planta nas dependências internas. Em segundo lugar, a casa, que aparentava ter uma geometria própria para a racionalização da construção, era na realidade toda construída segundo técnicas tradicionais. A platibanda esconde um telhado em quatro águas de telha colonial, causando a impressão de se tratar de uma cobertura em laje. No entanto, o que interessa desse debate, é notar que se trata de uma obra pioneira, de transição, que necessariamente expressa as contradições da época.

Sobre o aspecto construtivo, lembremos que as Villas ideais de Le Corbusier, produzidas à mesma época na França, apresentam contradições similares e nem por isso são questionadas quanto a sua importância para o processo de renovação iniciado por este arquiteto. Em 1935 a casa passa por uma reforma, quando o arquiteto procura adequá-la para a família que crescia, ao mesmo tempo em que experimentava alterações na lógica da circulação e na composição dos volumes. O acesso principal passa a se realizar pela lateral, onde foi acrescida uma marquise; a cozinha é ampliada e a varanda lateral é suprimida, dando lugar a uma ampliação da sala de estar que ainda ganha um novo volume curvo, cuja laje dá lugar a um novo terraço que circunda o quarto da esposa; além do novo terraço, o piso superior ganha algumas modificações, como a inserção de um novo sanitário servindo o quarto do marido e de um closet, entre o quarto da esposa e o quarto do filho, anteriormente, quarto de costura.


Durante a segunda guerra mundial, o jardim passa por uma ampliação, na qual Mina Klabin planta um bosque de eucaliptos rente ao muro de divisa frontal, para que a família se resguardasse do hospital nipo-brasileiro que estava em construção em frente à casa – judeus e japoneses estavam em lados opostos na guerra. Neste período, a garagem também é ampliada para receber uma oficina de gasogênio (combustível substituto da gasolina durante a guerra). Nos anos seguintes, pequenas alterações ocorrem, conforme mudavam as necessidades da família, mas de modo geral, o conjunto manteve-se com as mesmas feições até os dias de hoje. A família reside ali até meados dos anos 70, quando decide vender a propriedade. Em 1983 entra em cena uma construtora com o projeto de implantar na área um condomínio residencial, denominado “Palais Versailles”, combatido imediatamente pela população local, que cria a “Associação Pró-Parque Modernista”, se mobilizando pela defesa da casa e de sua área verde.


Em 1984, o Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo) tomba o conjunto, através da Resolução SC 29/84; seguido pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), processo 1121-T-84; e, posteriormente, pelo Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo), Resolução 05/91. Com isso, o empreendimento se inviabiliza, e os proprietários entram na justiça contra o Estado. Durante o transcurso do processo judicial, o imóvel permanece abandonado, sem que o proprietário fosse obrigado a responder pela manutenção, resultando daí um rápido processo de deterioração.

Em 1994, é dada a sentença, na qual o Estado é obrigado a indenizar o proprietário e a comprar o imóvel – situação que não reverteu o processo de deterioração, devido à falta de política de ocupação e conservação do imóvel, sendo este objeto de furtos e invasões freqüentes. Somente nos anos 2000 são realizados projetos e obras para a recuperação do imóvel, divididas em uma primeira etapa entre 2000 e 2002 e, posteriormente, entre 2004 e 2007. Com orçamento reduzido, no entanto, somente a casa principal foi objeto de restauro e conservação, faltando ainda a recuperação da edícula e da área do parque. Em março de 2008, a prefeitura do município de São Paulo passa a ser permissionária do imóvel, tendo o governo do Estado transferido a ela a responsabilidade pelo seu uso e manutenção.


Trabalhos emergenciais foram realizados para a reabertura do parque e da casa em agosto de 2008, contando com programação musical e equipe de educadores patrimoniais, sob coordenação da Divisão do Museu da Cidade de São Paulo. Em dezembro de 2011 foi contratado projeto executivo para o restauro e adequação da casa e edículas, contemplando a valorização dos bens existentes, a implantação de espaços de convivência no parque, adequação à acessibilidade e criação de um espaço de referência para o estudo do modernismo em São Paulo, buscando diversificar o público visitante. O projeto já foi finalizado e após a contratação e finalização das obras serão implementadas as atividades culturais em consonância com as diretrizes traçadas pelo museu. A casa e o parque permanecem abertos e oferecem serviço educativo aos visitantes.

Ref: http://www.museudacidade.sp.gov.br/casamodernista.php

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Exposição de Sebastião Salgado __30/10___SESC Belém

Um dos maiores fotógrafos do mundo, o mineiro Sebastião Salgado está em cartaz no Sesc Belenzinho a exposição “Genesis”. Com curadoria de sua esposa, Lélia Wanick Salgado, a mostra estreou no Natural History Museum em Londres no mês de abril e também já esteve no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, de maio a agosto.


Com a ajuda de barcos, aviões de pequeno porte e canoas, a série teve início nas Ilhas de Galápagos, com suas singularíssimas paisagens vulcânicas e a fauna, dando origem à seção "Santuários". Pinguins, elefantes marinhos e baleias estão em "Planeta Sul", com fotos feitas na Antártica, Sul da Geórgia, nas Malvinas e nas Ilhas Sandwich.


Em "Terras do Norte" são retratados o Alasca e as montanhas rochosas do Colorado, nos Estados Unidos. O norte da Sibéria e o norte da Rússia também aparecem. "África" apresenta os espetaculares e numerosos desertos. Em algumas imagens capturadas na Líbia e na Argélia, vêem-se sinais de vida, não somente de cactos e roedores, mas também na arte rupestre datada de milhares de anos.

Em "Amazonia e Pantanal", além de florestas e rios, apresenta imagens de tribos no alto Rio Xingu e da isolada tribo Zo'e, contatada pela primeira vez há apenas duas décadas e onde Sebastião Salgado afirmou que se sentiu no paraíso.


Ao todo, são 245 fotografias, tiradas entre 2004 e 2011, divididas em cinco seções geográficas. A mostra, que é inédita, revela paisagens, aldeias, tribos, desertos, animais, entre outros, que permaneceram intactos à ação humana. 


O objetivo da exposição é alertar para os problemas ambientais, justamente mostrando o que ainda há de belo e preservado. Sebastião Salgado critica a degradação do meio ambiente de forma sutil, levando o observador a perceber que ainda há o que ser salvo no planeta. 


Ref: Comentários, posts e fotos internet

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Visita ao MAC – Alfredo Volpi e Antonio Jose da Silva


Tadeu Chiarelli, o diretor do MAC-USP (Museu de Arte Contemporânea da USP), não se conteve e soltou um palavrão ao receber quatro obras do artista Alfredo Volpi (1896-1988), depositadas em comodato no museu, na última segunda (7/10).


Apreendidas pela Justiça, no final do ano passado, as pinturas, estimadas agora em R$ 12 milhões, permaneceram na antiga casa de Volpi, onde atualmente reside sua neta, Mônica Volpi. No entanto, por iniciativa do Instituto Alfredo Volpi de Arte Moderna, elas foram transferidas para o museu.





"Solicitamos à Justiça essa medida porque as obras estavam em um local sem seguro e sem preservação adequada", disse o advogado Pedro Mastrobuono, pelo Instituto.

Há cerca de um mês, no dia 4 de setembro, os herdeiros do artista se reuniram com a juíza Vivian Wipfli, responsável pelo espólio do artista e, por consenso, aprovaram a transferência. A Folha acompanhou, com exclusividade, a abertura das embalagens com as obras no MAC.

Antonio Jose da Silva


A exposição monográfica com as obras de José Antonio da Silva pertencentes ao acervo do MAC USP pode ser lida como um desdobramento sobre o problema da autoria na história da arte. Isto porque estamos diante de um artista autodidata, cujas pinturas foram vistas como “frutos do isolamento vivido na mocidade” (Lourival Gomes Machado), e cuja fortuna crítica deveu-se à sua rápida incorporação ao debate modernista e presença em acervos importantes como o do antigo Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) e do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), pouco depois de sua descoberta pelos críticos Paulo Mendes de Almeida, Lourival Gomes Machado e Pietro Maria Bardi. A “invenção” de José Antonio da Silva pintor deu-se na segunda metade da década de 1940, quando aqui e fora, críticos e artistas modernistas retomavam uma questão cara à noção de arte moderna, atacada frontalmente nos anos do entreguerras, na Europa: a ideia de “primitivo” na criação artística. Em 1948, quando José Antonio da Silva realiza sua primeira exposição individual na Galeria Domus de São Paulo, o artista francês Jean Dubuffet, por exemplo, fundava seu Foyer de l'Art Brut [Fórum da Arte Bruta], no porão da galeria René Drouin em Paris, reunindo ali obras produzidas por artistas autodidatas.

As obras de José Antonio da Silva foram incorporadas ao museu em dois momentos bem distintos, que os identificam também com seus respectivos doadores. Quinze delas passaram ao acervo do MAC USP como Coleção Francisco Matarazzo Sobrinho, em 1963, provenientes do antigo MAM de São Paulo. Alguns indícios apontam para a reunião dessas obras no contexto da promoção de José Antonio da Silva como artista da Galeria Domus de São Paulo, entre 1948 e 1951. Num fundo de documentos de um dos primeiros diretores executivos do antigo MAM (Carlos Pinto Alves) encontramos uma extensa correspondência e minutas de contratos trocados entre ele e o artista, que nos sugerem uma relação muito estreita entre a galeria e o antigo museu, na promoção do recém-descoberto pintor. Da exposição na Casa de Cultura de São José do Rio Preto, em 1946, à sua participação na I Bienal de São Paulo, em 1951, a correspondência entre o artista e Pinto Alves aborda essencialmente dois assuntos: a redação e publicação da autobiografia do artista, Romance da minha vida , sob os auspícios do antigo MAM, em 1949; e seus acordos de venda e compra de obras com a Galeria Domus. Particularmente interessante é uma minuta de contrato de rescisão com a galeria, datada de 1951, no qual o artista lista 100 obras suas ali depositadas, parte significativa das quais deveria ser destinada a Francisco Matarazzo Sobrinho para saldar uma dívida do artista com o mecenas – que o havia ajudado na compra de uma casa. A datação das obras provenientes da Coleção Matarazzo confrontada com essa documentação nos sugerem que elas vieram todas desse ambiente, ou seja, de suas exposições na Galeria Domus. Ainda neste contexto, José Antonio da Silva viria a ser a estrela da Exposição de Pintura Paulista, organizada pela galeria em julho de 1949 para a sede do MEC, no Rio de Janeiro. O artista aparecia ao lado de Aldo Bonadei, Fúlvio Pennacchi, Emiliano Di Cavalcanti, Flávio de Carvalho, Yolanda Mohalyi, entre outros, com 63 pinturas, como um legítimo representante da pintura paulista. O texto de Lourival Gomes Machado sobre ele chamava a atenção para o fato da pintura de Silva ser pautada pela cor. Essa mesma ideia emerge também nos textos de Bardi, por ocasião da participação do artista na representação brasileira da Bienal de Veneza de 1952.


O segundo lote de obras de Silva passou ao acervo do MAC USP, em 1979, quando da doação da coleção do crítico, poeta e piscanalista Theon Spanudis. O colecionador doou um conjunto de 25 obras de Silva produzidas em sua grande maioria nos anos 1950. As escolhas de Spanudis são de outra natureza que as escolhas feitas para Matarazzo, e refletem uma segunda fase do trabalho do artista, em que o crítico teoriza sobre um “concretismo brasileiro” e busca aproximar as experiências de Silva às dos grupos de abstratos concretos brasileiros. A pesquisa estética de Spanudis serviu de base à sua tentativa de formulação da importância do “numinoso” na criação artística, e à busca por identificar o elemento geométrico como aquele essencial para o entendimento da arte como linguagem universal.

Entre primitivo e concreto, José Antonio da Silva se fez pintor no contexto modernista dos anos 1940/50. Que sua obra seja vista de uma perspectiva ou de outra, reflete sua introdução na história da arte moderna do Brasil num momento que parece marcar uma virada em torno da noção de modernismo: o abandono das tendências realistas e o mergulho no abstracionismo.

Ana Magalhães 
Curadora

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Gabinete do Desenho________R. Consolação 1024 09/10/2013



Na expedição do dia 09/10/2013, visitamos o recém inaugurado Gabinete do Desenho - Chácara Lane (R. da Consolação,1024). Nele ha um conjunto dos de 14 equipamentos espalhados pela cidade, que incluem do Monumento do Ipiranga à Casa Modernista. O conjunto se chama Museu da Cidade de São Paulo e é gerido pela pasta de Cultura do município.


O novo espaço expositivo ocupa uma típica construção da elite paulistana do século 19, construída fora dos limites da então pequena cidade e que servia essencialmente para lazer.


Com obras como o álbum "Jazz", de Matisse e desenhos de Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Di Cavalcanti, entre outros, essa iniciativa, anterior à criação do Masp, em 1947, e do Museu de Arte Moderna de São Paulo, em 1949, revela-se, então, como a primeira coleção modernista da cidade, condição que o Gabinete do Desenho vem sublinhar.


Após quatro anos fechado para restauro, o histórico casarão finalmente parece ter encontrado sua vocação, Entretanto, em janeiro de 2010, ainda sem chegar à metade dos trabalhos, a obra parou porque a empresa responsável rescindiu o contrato, alegando "dificuldades financeiras". Em abril de 2010, a casa ainda sofreu um incêndio, que começou na cozinha e destruiu azulejos. O fogo teria sido causado por um curto-circuito. Retomado mais tarde, o restauro foi interrompido outras duas vezes.


A recuperação da Chácara Lane e sua reabertura como galeria de arte são parte do projeto que prevê transformar a região da Praça Roosevelt no principal pólo cultural da cidade. O local ainda preserva um dos últimos trechos de mata com espécies nativas no centro de São Paulo. Os acervos da Coleção de Arte da Cidade estavam expostos no Centro Culturais São Paulo. Dos 3 mil itens, 70% são desenhos. "A guarda do acervo permanece com o Centro Cultural. Aqui é um espaço expositivo", afirma a diretora.

Sem mais, até a próxima expedição no Colóquio Cultural Parque Ibirapuera

Manoel
www.foradassombras.blogspot.com.br

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Instituto Biológico - Planeta Inseto 25/09/2013


Você sabe o que é um inseto? Sabia que existem mais de 1 milhão de espécies conhecidas e acredita-se que há mais outras 7 milhões para serem descobertas?


Você acha que os insetos não são importantes e que só atrapalham? Consegue imaginar nosso planeta 15% mais leve e com a metade dos seres vivos existentes? Pois é, os insetos, aparentemente tão insignificantes, representam mais da metade do planeta e, somente as formigas, 15% de seu peso! 

É melhor conhecermos um pouco mais sobre esses animais, não é mesmo? Mas, que tal de uma forma diferente? Já imaginou um zoológico de insetos? Nunca imaginou? Pois nós fizemos um e disponibilizamos isso para você!

   
EXPOSIÇÃO "PLANETA INSETO"  
   
O único Jardim Zoológico de insetos do Brasil, autorizado pelo IBAMA e Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo.  
   

No Museu do Instituto Biológico está a exposição PLANETA INSETO mostrando a importância desses organismos na vida humana. A mostra retrata, de forma lúdica e interativa, os diversos aspectos sobre os insetos, sensibilizando o público para sua importância na sustentabilidade ambiental, produção de alimentos e saúde pública.

Ainda não se convenceu? Que tal descobrir como as lagartas do bicho-da-seda fazem uma confortável camisa? E, para descontrair, apostar em uma excêntrica corrida de baratas? Isso mesmo tem até um baratódromo!


Descubra também quais povos utilizam os insetos como fonte de alimento, e quais que os treinam para competirem em campeonatos de lutas.

Já viu um inseto que parece um graveto? Não? Talvez até já tenha visto, porém não o diferenciou de um galho, esse inseto recebe o nome de bicho-pau, venha aprender a identificá-lo com a gente! 


Ref: http://www.biologico.sp.gov.br/museu.php

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Tomie Ohtake-influxo das formas


Tomie Ohtake (Quioto, 21 de novembro de 1913) é uma pintora japonesa naturalizada brasileira. Aos vinte e três anos de idade viajou ao Brasil, para visitar um irmão mas não pode retornar devido a Segunda Guerra Mundial.

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É uma das principais representantes do abstracionismo informal. Sua obra abrange pinturas, gravuras e esculturas. Foi premiada no Salão Nacional de Arte Moderna, em 1960; e em 1988, foi condecorada com a Ordem do Rio Branco pela escultura pública comemorativa dos 80 anos da imigração japonesa, em São Paulo.

Ref: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tomie_Ohtake

Sem mais, até quarta-feira que vem no Instituto Biologico.
Av. Conselheiro Rodrigues Alves, 1254 - Moema