Total de visualizações de página

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

O retorno da Coleção Tamagni: até as estrelas por caminhos difíceis


Na expedição de 29/02/2012 visitamos o nosso vizinho de Parque Ibirapuera –MAM – Museu de Arte Moderna de São Paulo e apreciamos obras do acervo particular do colecionador e conselheiro do MAM, Carlo Tamagni que como apreciador das artes, durante parte de sua vida constituiu um patrimônio considerável em obras de artistas (famosos, anônimos e quase todos modernistas) que décadas mais tarde viria se tornar o foco da exposição hoje visitada.


A historia desta exposição se confunde com os registros do museu. No inicio dos anos 60, Ciccillo Matarazzo, diretor e fundador do museu, numa “penada” sinistra transferiu toda a coleção do MAM ao recém inaugurado MAC-USP.


Vazio e em vias de se extinguir, o MAM perderia sua razão de ser até que os conselheiros remanescentes deram inicio a uma rebelião lutando pela manutenção do Museu, porém algo inusitado acontecia: além da sede, também faltavam obras para exposição ao público visitante.


Derrotados (jamais vencidos), deram inicio a recuperação do MAM ainda na segunda metade da década de 60 (1966) com a doação de 81 obras do finado Carlo Tamagni que em vida deixou este pedido e no ano de 1968 estas obras foram exibidas não no museu, mas no Conjunto Nacional de Minas Gerais.

Hoje, fevereiro de 2012, com alegria observamos que este mesmo grupo de obras que garantiu o recomeço de uma das principais instituições paulistanas esta de volta ao Museu Arte Moderna de São Paulo, local onde jamais deveria ter saído e que fatos como o acima descrito jamais venham a se tornar realidade em nosso pais especialmente num estado onde Martins, Miragaia, Drauzio e Camargo, apesar de terem perdido uma batalha, deixaram marcas vitalícias nos ideais da Constituição Brasileira de 1932. 

Sem mais, até a próxima.

Manoel

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Fayga Ostrowe Museu Lasar Segal - 15/02/2012


Na expedição do dia 15/02/2012 visitamos o aconchegante Museu Lasar Segal. Com cerca de 100 obras entre gravuras, xilogravuras, litografias e serigrafias, a pintora, desenhista e gravadora polonesa de origem judia, Fayga Ostrower nos proporcionou uma agradável surpresa com suas obras.



Por trás de algumas delas, em especial sua primeira fase, destacamos o holocausto causado pela guerra com figuras abstratas lembrando animais, destroços, restos de casas, barracos, etc.



Posterior a esta fase, seus traços mudaram; passou a usar o metal e a pedra para desenhar capas de revistas de época, ilustrar livros (O cortiço – Aluisio de Azevedo), porém é certo que suas realizações já não contavam com as abstrações de outrora; nesse momento (final dos anos 40, inicio dos 50) suas figuras estavam focadas em ocorrência reais demonstrando assim mudança em seu modo de observara a realidade.




Faleceu em 12 de setembro de 2001, aos 81 anos, vítima de câncer, deixando um legado considerável em museus brasileiros, europeus bem como numerosos prêmios (Bienal de São Paulo (1957) e o Grande Premio Internacional da Bienal de Veneza(1958), Grande Premio nas bienais de Florença, Buenos Aires, México e outros.


Gratos por mais uma jornada, semana que vem, mesma hora e horário nos encontraremos no Parque Ibirapuera para mais um dia de paz, serenidade e, sobretudo cultura.

Abraço nos companheiros, beijos nas meninas!

Manoel