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sábado, 29 de outubro de 2011

Teatro Municipal de São Paulo____14/09/2011


Na expedição do dia 14/09/2011 visitamos o recém-reinaugurado Teatro Municipal de São Paulo na região central, próximo ao Viaduto do Chá. Construído pelo Arquiteto Francisco de Paula Ramos de Azevedo*, foi inspirado no “Opera de Paris”, o Municipal prima pela importância histórica por ter sido palco da Semana de Arte Moderna de 1922 onde participaram Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Anita Malfatti, Guilherme de Almeida, Menotti Del Picchia, Di Cavalcanti, Victor Brecheret, Heitor Villa-Lobos, entre outros e por isso mesmo considerado marco do Modernismo no Brasil.



Construído para atender a elite paulistana da época, trás em seus salões obras de arte inspiradas na arquitetura Renascentista (fins do século XIII e meados do século XVII), Barroca do Setecentos (final do século XVI e meados do século XVIII) e Art Nouveau (estilo estético essencialmente de design e arquitetura que também influenciou o mundo das artes plásticas), ultimo dos estilos de sua época.




Destacando o Estado de São Paulo encontramos um fato marcante: algumas paredes do foram graciosamente adornadas com mármore com as cores da Bandeira de nosso estado – branco, preto e vermelho bem uma serie de obras de arte lembrando a agricultura da época, (café).




Ainda em relação ao teatro é bom lembrar que o mesmo abrigava não só operas da época como também eventos artísticos como a Semana de Arte Moderna, performances de bailarinas Anna Pavlova e Isadora Duncan , eventos estes que acabaram por degenerar parte do mobiliário, piso, ornamentos (refeitos mais tarde pelo Liceu de Artes e Ofícios), mas a destruição dos camarotes de proscênio (reservado ao presidente do Estado) para dar lugar ao órgão foi fatal.




Ao termino da expedição fomos convidados a comparecer no Museu do Teatro Municipal em local próximo onde apreciamos obras de arte, cartazes de eventos da época, esculturas (Victor Brecheret) e por lá encerramos nossa caminhada na importante jornada de conhecimento não só de nossa historia como também (e principalmente) de nos mesmos, seres em busca de integração social.




Agradecidos pela jornada, ficamos por aqui.







Francisco de Paula Ramos de Azevedo = São Paulo, 8 de dezembro de 1851-São Paulo, 1 de junho de 1928
Anna Pavlova =bailarina russa, nascida em São Petersburgo, a 31 de janeiro (segundo o calendário juliano) ou a 12 de fevereiro (pelo calendário gregoriano) de 1881 e falecida na Haia, em 23 de janeiro de 1931
Isadora Duncan=Bailarina Norte-americana nascida em São Francisco, 27 de maio de 1877 – Nice, 14 de setembro de 1927.



quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Tributo a Arcangelo Ianelli -19/10/2011



Na expedição do dia 19/10/2011 visitamos o Museu de Arte Brasileira - MAB -FAAP - Tributo a Arcangelo Ianelli - onde estão expostas 43 obras, entre desenhos a carvão, guaches, pastéis, aquarelas, óleos sobre tela e madeira, serigrafia e uma escultura em mármore de Carrara.




Natural de São Paulo, Ianelli (1922-2009) foi pintor, escultor, ilustrador e desenhista se destacando na década de 50 com no grupo Guanabara juntamente com os japoneses Manabu Mabe (1924-1997), Yoshita Takaoka (1909-1978) e Tikashi Fukushima (1920-2001). Também participou de 8 bienais em São Paulo, exposições na Europa, Estados Unidos, Japão e México.



Em sua passagem pelas artes, a abstração apareceu pela primeira vez em sua carreira na década seguinte. Mais tarde, anos 70, iniciou a produção de esculturas e nesta época apareceram seus quadrados e retângulos monocromáticos cujas simplificações se tornariam marca registrada.




Assim como outros pintores, Ianelli foi vitima de intoxicação pelas tintas a óleo que usava em suas obras e por isso passou a usar a têmpera a ovo com técnicas de transparência e uniformidade utilizadas ate sua morte em 2009.



Suas obras estão em museus no Japão, México, Itália, Canadá e na América Latina, além de constar do acervo das principais instituições brasileiras.



Ainda no MAB fomos convidados a visitar uma exposição paralela e para nossa surpresa fomos contemplados com obras belíssimas de Anita Malfati, Segal, Zélia Gatai, Portinari e outros tantos que através de obras com tema semelhante (tristeza/introspecção) deram um panorama do que pensavam a respeito retratando em seus quadros esses instantes



quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Discurso Steve Jobs aos formandos

“Você tem que encontrar o que você ama. Estou honrado de estar aqui, na formatura de uma das melhores universidades do mundo. Eu nunca me formei na universidade. Que a verdade seja dita, isso é o mais perto que eu já cheguei de uma cerimônia de formatura. Hoje, eu gostaria de contar a vocês três histórias da minha vida. E é isso. Nada demais. Apenas três histórias.

A primeira história é sobre ligar os pontos.

Eu abandonei o Reed College depois de seis meses, mas fiquei enrolando por mais 18 meses antes de realmente abandonar a escola. E por que eu a abandonei? Tudo começou antes de eu nascer. Minha mãe biológica era uma jovem universitária solteira que decidiu me dar para a adoção. Ela queria muito que eu fosse adotado por pessoas com curso superior. Tudo estava armado para que eu fosse adotado no nascimento por um advogado e sua esposa. Mas, quando eu apareci, eles decidiram que queriam mesmo uma menina.

Então meus pais, que estavam em uma lista de espera, receberam uma ligação no meio da noite com uma pergunta: “Apareceu um garoto. Vocês o querem?” Eles disseram: “É claro. Minha mãe biológica descobriu mais tarde que a minha mãe nunca tinha se formado na faculdade e que o meu pai nunca tinha completado o ensino médio. Ela se recusou a assinar os papéis da adoção. Ela só aceitou meses mais tarde quando os meus pais prometeram que algum dia eu iria para a faculdade.

E, 17 anos mais tarde, eu fui para a faculdade. Mas, inocentemente escolhi uma faculdade que era quase tão cara quanto Stanford. E todas as economias dos meus pais, que eram da classe trabalhadora, estavam sendo usados para pagar as mensalidades. Depois de seis meses, eu não podia ver valor naquilo.

Eu não tinha idéia do que queria fazer na minha vida e menos idéia ainda de como a universidade poderia me ajudar naquela escolha. E lá estava eu, gastando todo o dinheiro que meus pais tinham juntado durante toda a vida. E então decidi largar e acreditar que tudo ficaria ok.

Foi muito assustador naquela época, mas olhando para trás foi uma das melhores decisões que já fiz. No minuto em que larguei, eu pude parar de assistir às matérias obrigatórias que não me interessavam e comecei a frequentar aquelas que pareciam interessantes. Não foi tudo assim romântico. Eu não tinha um quarto no dormitório e por isso eu dormia no chão do quarto de amigos. Eu recolhia garrafas de Coca-Cola para ganhar 5 centavos, com os quais eu comprava comida. Eu andava 11 quilôme-tros pela cidade todo domingo à noite para ter uma boa refeição no templo hare-krishna. Eu amava aquilo.

Muito do que descobri naquela época, guiado pela minha curiosidade e intuição, mostrou-se mais tarde ser de uma importância sem preço. Vou dar um exemplo: o Reed College oferecia naquela época a melhor formação de caligrafia do país. Em todo o campus, cada poster e cada etiqueta de gaveta eram escritas com uma bela letra de mão. Como eu tinha largado o curso e não precisava frequentar as aulas normais, decidi assistir as aulas de caligrafia. Aprendi sobre fontes com serifa e sem serifa, sobre variar a quantidade de espaço entre diferentes combinações de letras, sobre o que torna uma tipografia boa. Aquilo era bonito, histórico e artisticamente sutil de uma maneira que a ciência não pode entender. E eu achei aquilo tudo fascinante.

Nada daquilo tinha qualquer aplicação prática para a minha vida. Mas 10 anos mais tarde, quando estávamos criando o primeiro computador Macintosh, tudo voltou. E nós colocamos tudo aquilo no Mac. Foi o primeiro computador com tipografia bonita. Se eu nunca tivesse deixado aquele curso na faculdade, o Mac nunca teria tido as fontes múltiplas ou proporcionalmente espaçadas. E considerando que o Windows simplesmente copiou o Mac, é bem provável que nenhum computador as tivesse.

Se eu nunca tivesse largado o curso, nunca teria frequentado essas aulas de cali-grafia e os computadores poderiam não ter a maravilhosa caligrafia que eles têm. É claro que era impossível conectar esses fatos olhando para frente quando eu estava na faculdade. Mas aquilo ficou muito, muito claro olhando para trás 10 anos depois.

De novo, você não consegue conectar os fatos olhando para frente. Você só os co-necta quando olha para trás. Então tem que acreditar que, de alguma forma, eles vão se conectar no futuro. Você tem que acreditar em alguma coisa – sua garra, destino, vida, karma ou o que quer que seja. Essa maneira de encarar a vida nunca me decepcionou e tem feito toda a diferença para mim.

Minha segunda história é sobre amor e perda.

Eu tive sorte porque descobri bem cedo o que queria fazer na minha vida. Woz e eu começamos a Apple na garagem dos meus pais quando eu tinha 20 anos. Trabalhamos duro e, em 10 anos, a Apple se transformou em uma empresa de 2 bilhões de dólares e mais de 4 mil empregados. Um ano antes, tínhamos acabado de lançar nossa maior criação — o Macintosh — e eu tinha 30 anos.

E aí fui demitido. Como é possível ser demitido da empresa que você criou? Bem, quando a Apple cresceu, contratamos alguém para dirigir a companhia. No primeiro ano, tudo deu certo, mas com o tempo nossas visões de futuro começaram a divergir. Quando isso aconteceu, o conselho de diretores ficou do lado dele. O que tinha sido o foco de toda a minha vida adulta tinha ido embora e isso foi devastador. Fiquei sem saber o que fazer por alguns meses.

Senti que tinha decepcionado a geração anterior de empreendedores. Que tinha deixado cair o bastão no momento em que ele estava sendo passado para mim. Eu encontrei David Peckard e Bob Noyce e tentei me desculpar por ter estragado tudo daquela maneira. Foi um fracasso público e eu até mesmo pensei em deixar o Vale [do Silício].

Mas, lentamente, eu comecei a me dar conta de que eu ainda amava o que fazia. Foi quando decidi começar de novo. Não enxerguei isso na época, mas ser demitido da Apple foi a melhor coisa que podia ter acontecido para mim. O peso de ser bem sucedido foi substituído pela leveza de ser de novo um iniciante, com menos certezas sobre tudo. Isso me deu liberdade para começar um dos períodos mais criativos da minha vida. Durante os cinco anos seguintes, criei uma companhia chamada NeXT, outra companhia chamada Pixar e me apaixonei por uma mulher maravilhosa que se tornou minha esposa.

A Pixar fez o primeiro filme animado por computador, Toy Story, e é o estúdio de animação mais bem sucedido do mundo. Em uma inacreditável guinada de eventos, a Apple comprou a NeXT, eu voltei para a empresa e a tecnologia que desenvolvemos nela está no coração do atual renascimento da Apple. E Lorene e eu temos uma família maravilhosa. Tenho certeza de que nada disso teria acontecido se eu não tivesse sido demitido da Apple.

Foi um remédio horrível, mas eu entendo que o paciente precisava. Às vezes, a vida bate com um tijolo na sua cabeça. Não perca a fé. Estou convencido de que a única coisa que me permitiu seguir adiante foi o meu amor pelo que fazia. Você tem que descobrir o que você ama. Isso é verdadeiro tanto para o seu trabalho quanto para com as pessoas que você ama.

Seu trabalho vai preencher uma parte grande da sua vida, e a única maneira de ficar realmente satisfeito é fazer o que você acredita ser um ótimo trabalho. E a única maneira de fazer um excelente trabalho é amar o que você faz.

Se você ainda não encontrou o que é, continue procurando. Não sossegue. Assim como todos os assuntos do coração, você saberá quando encontrar. E, como em qualquer grande relacionamento, só fica melhor e melhor à medida que os anos passam. Então continue procurando até você achar. Não sossegue.

Minha terceira história é sobre morte.

Quando eu tinha 17 anos, li uma frase que era algo assim: “Se você viver cada dia como se fosse o último, um dia ele realmente será o último.” Aquilo me impressio-nou, e desde então, nos últimos 33 anos, eu olho para mim mesmo no espelho toda manhã e pergunto: “Se hoje fosse o meu último dia, eu gostaria de fazer o que farei hoje?” E se a resposta é “não” por muitos dias seguidos, sei que preciso mudar alguma coisa.

Lembrar que estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que já encontrei para me ajudar a tomar grandes decisões. Porque quase tudo — expectativas externas, orgulho, medo de passar vergonha ou falhar — caem diante da morte, deixando apenas o que é apenas importante. Não há razão para não seguir o seu coração.

Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira que eu conheço para evitar a armadilha de pensar que você tem algo a perder. Você já está nu. Não há razão para não seguir seu coração. Há um ano, eu fui diagnosticado com câncer. Era 7h30 da manhã e eu tinha uma imagem que mostrava claramente um tumor no pâncreas. Eu nem sabia o que era um pâncreas.

Os médicos me disseram que aquilo era certamente um tipo de câncer incurável, e que eu não deveria esperar viver mais de três a seis semanas. Meu médico me a-conselhou a ir para casa e arrumar minhas coisas — que é o código dos médicos para “preparar para morrer”. Significa tentar dizer às suas crianças em alguns meses tudo aquilo que você pensou ter os próximos 10 anos para dizer. Significa dizer seu adeus.

Eu vivi com aquele diagnóstico o dia inteiro. Depois, à tarde, eu fiz uma biópsia, em que eles enfiaram um endoscópio pela minha garganta abaixo, através do meu estômago e pelos intestinos. Colocaram uma agulha no meu pâncreas e tiraram algumas células do tumor. Eu estava sedado, mas minha mulher, que estava lá, contou que quando os médicos viram as células em um microscópio, começaram a chorar.Era uma forma muito rara de câncer pancreático que podia ser curada com cirurgia. Eu operei e estou bem.

Isso foi o mais perto que eu estive de encarar a morte e eu espero que seja o mais perto que vou ficar pelas próximas décadas. Tendo passado por isso, posso agora dizer a vocês, com um pouco mais de certeza do que quando a morte era um con-ceito apenas abstrato: ninguém quer morrer. Até mesmo as pessoas que querem ir para o céu não querem morrer para chegar lá.

Ainda assim, a morte é o destino que todos nós compartilhamos. Ninguém nunca conseguiu escapar. E assim é como deve ser, porque a morte é muito provavelmente a principal invenção da vida. É o agente de mudança da vida. Ela limpa o velho para abrir caminho para o novo. Nesse momento, o novo é você. Mas algum dia, não muito distante, você gradualmente se tornará um velho e será varrido. Desculpa ser tão dramático, mas isso é a verdade.

O seu tempo é limitado, então não o gaste vivendo a vida de um outro alguém.
Não fique preso pelos dogmas, que é viver com os resultados da vida de outras pessoas. Não deixe que o barulho da opinião dos outros cale a sua própria voz interior. E o mais importante: tenha coragem de seguir o seu próprio coração e a sua intuição. Eles de alguma maneira já sabem o que você realmente quer se tornar. Todo o resto é secundário.

Quando eu era pequeno, uma das bíblias da minha geração era o Whole Earth Catalog. Foi criado por um sujeito chamado Stewart Brand em Menlo Park, não muito longe daqui. Ele o trouxe à vida com seu toque poético. Isso foi no final dos anos 60, antes dos computadores e dos programas de paginação. Então tudo era feito com máquinas de escrever, tesouras e câmeras Polaroid.

Era como o Google em forma de livro, 35 anos antes de o Google aparecer. Era idealista e cheio de boas ferramentas e noções. Stewart e sua equipe publicaram várias edições de Whole Earth Catalog e, quando ele já tinha cumprido sua missão, eles lançaram uma edição final. Isso foi em meados de 70 e eu tinha a idade de vocês.

Na contracapa havia uma fotografia de uma estrada de interior ensolarada, daquele tipo onde você poderia se achar pedindo carona se fosse aventureiro. Abaixo, estavam as palavras:

“Continue com fome, continue bobo.”

Foi a mensagem de despedida deles. Continue com fome. Continue bobo. E eu sempre desejei isso para mim mesmo. E agora, quando vocês se formam e come-çam de novo, eu desejo isso para vocês. Continuem com fome. Continuem bobos.
Obrigado “.

Texto traduzido por Eliana Brega, amiga dos tempos de Costa Manso

sábado, 1 de outubro de 2011

Frans Krajcberg - O Homem e a Natureza 28/09/2011


Na expedição do dia 28/09/2011, visitamos o Museu Afro Brasil e assistimos a exposição KRAJCBERG, o Homem e a Natureza no Ano Internacional das Florestas, com 31 trabalhos em suportes diversos, como esculturas, relevos, back-light e fotografias, algumas delas inéditas, celebrando os 90 anos de vida de Frans Krajcberg e prestando uma homenagem ao Ano Internacional das Florestas, decretado pela ONU



Com curadoria de Emanoel Araújo, o artista e ativista ambiental soltou seu grito em defesa da natureza chamando a atenção para a destruição das florestas brasileiras. Uma escultura inédita, de 4,5m é exibida na mostra, bem como inúmeras fotografias registrando as queimadas e devastação que destroem a riqueza natural defendida por Krajcberg.


A grande luta desse brasileiro nascido na Polônia,que todos ou quase todos conhecem e admiram, quando nas suas exposições pelo mundo afora revelam as obras surpreendentes e magníficas saídas da sua invenção. Uma invenção dela mesma, ou o desejo da reinvenção da natureza, pela qual sua vida esteve e estar irremediavelmente unida de corpo e alma para sempre.


Companheiro solitário da natureza, ele vaga como um tigre pelos caminhos intermináveis para perenizar as coisas simples criadas por um Deus da beleza. Solitário mensageiro, defensor das matas, das mais profundas entranhas de onde nasce o verdor das arvores, de sua inteireza, contra as nefandas mãos dos desalmados.